Quando entramos no âmbito financeiro nos deparamos com duas formas de encará-lo, os indicadores financeiros e a gestão financeira. Obviamente são coisas distintas, porém, trabalham em simbiose.
O que são indicadores financeiros?
Indicadores financeiros são os resultados apresentados pela gestão financeira, quando analisado de forma macro pode até gerar uma confusão, mas quando aprofundamos nossa visão sobre estes indicadores as coisas começam a fazer sentido e ficarem empolgantes.
Principais indicadores financeiros: vendas, receita bruta, receita líquida, lucro bruto, lucro líquido, custos, despesas e investimentos.
O que é a gestão financeira?
Pode ser definida como gestão financeira, uma série de ações que serão utilizadas com o intuito de gerir os indicadores ou melhorá-los. Nota-se que a gestão interpreta os indicadores e também influencia na performance dos mesmos. Pode parecer, mas não é tão simples quanto parece. Para facilitar e simplificar esta gestão confira 9 dicas para realizar uma gestão financeira impecável!
01 – Saiba definir uma política de preço de produto
Estabelecer um preço final com base nos custos é uma atividade que, assim como a gestão financeira em si parece fácil, mas novamente não é. Identificar os custos e calcula los fielmente com a realidade é uma tarefa que exige uma atenção especial
Supondo que uma empresa trabalhe com confecção, você sabe até aonde deve procurar para encontrar o preço ideal?
Tratando-se de confecções podemos imaginar que exista o custo de malha, tinta, mão de obra e alocação, certo?
Mas se formos além, conseguiremos identificar mais alguns custos como: custos de logística, tributário e demais custos operacionais. Toda e qualquer comercialização exige o cálculo de custo logístico, fiscal e até mesmo de reinvestimento.
02 – Tenha uma precificação estratégica
Além de calcular os preços finais de acordo com a política de preço, também deve ser calculado a precificação estratégica. Ou seja, analisando os custos finais deve-se encontrar um preço que cubra os custos, mas também seja competitivo e atenda suas necessidades. Estudar o mercado de forma analítica e estratégica definirá a imagem que seus preços terão para o público alvo. Claro, que neste momento não é levado em consideração a diferenciação de produtos, se seu produto é extremamente diferenciado, a política de preço só poderá ser definida após um primeiro contato com o público.
03 – Planejamento de receitas, gastos e investimentos
Para garantir um crescimento saudável e próspero para uma empresa, deve-se ter uma visão que agregue escala, ou seja, almejar sempre o desenvolvimento. Para conseguir este feito, será necessário passar pelos indicadores de receitas, gastos e investimentos. Quanto maior sua receita, menor seus gastos e mais assertivos os investimentos forem, maior será a escala de desenvolvimento de uma empresa. Pense assim: quanto cada 1 real de investimento está gerando de receita? Quanto cada real gasto reflete no montante final de vendas?
Esta filosofia deve estar em perfeita sintonia com a percepção de futuro do negócio. Um crescimento rápido demais pode ser algo não tão benéfico se o modelo de negócios depender diretamente da relação com os custos.
04 – Defina metas de receitas
Claro, toda empresa que visa lucros tem metas. Porém, quando este tema é abordado de forma estratégica podemos redesenhá-lo de uma forma que a empresa conquiste novos negócios sem aumentar seus custos e para fazer isso a saída pode ser realizar investimentos assertivos que diminuam estes custos. Como por exemplo investimentos logísticos, processuais ou até mesmo de automação de processos.
05 – Controle o fluxo de caixa
Entender a relação de entradas e saídas pode ser simplificado realizando um controle metódico. Se uma empresa está começando, este é o momento ideal para implementar uma filosofia que controle fielmente o caixa com o restante das operações. Portanto, para se ter um bom controle de caixa a dica é: seja metódico, tenha uma real percepção das cifras que correm na relação de entrada e saída.
06 – Controle seu estoque com consciência
Estoque é o problema central de muitos negócios que estão em fase inicial. Por este estar comumente relacionado a oportunidades de negócios, o costume geral é de aproveitar oportunidades sazonais de se ter uma cobertura de estoque que não era realmente necessária.
Se é comercializado 1.000 unidades de um produto no mês, já temos ciência de qual deve ser a cobertura de estoque, porém, muitas empresas se seduzem por promoções atreladas à uma quantidade mínima de produtos e muitas vezes fogem desta cobertura prejudicando seu ciclo econômico ou fluxo de caixa.
07 – Conheça seu ciclo econômico operacional
Para ter uma noção exata de como controlar este ciclo, recomendamos que conheça nosso artigo completo sobre ciclo econômico operacional clicando aqui . Mas para uma breve noção sobre este ciclo, deve-se entender que o estoque não está diretamente ligado ao número de negócios que serão efetuados, e sim à tática de mercado adotada pela empresa, ou seja, o estoque deve estar alinhado fielmente com o número de negócios realizados perante ao recebimento e não somente aos recursos disponíveis no momento da compra.
08 – Separar o dinheiro da empresa e pessoal
Mais uma vez, parece simples, mas não é. Estabelecer uma relação lógica entre a lucratividade da empresa e o dinheiro que será disponível para o corpo administrativo é um desafio. Quanto mais a empresa progride mais pensamos que maior será o lucro e maior será a quantidade disposta de dinheiro para o empreendedor, mas não é bem assim. Entender a realidade de mercado é extremamente necessário neste momento e separar este dinheiro será crucial para a rentabilidade e possibilidade de novos investimentos no empreendimento.
09 – Evite entradas de capital á juros
É extremamente comum empresas que estão iniciando sua jornada buscarem investimentos, isso é necessário para realizar os investimentos certeiros que resultarão nas possibilidades de ganhos, porém, muitas vezes esta decisão não é muito bem pensada e tende a influenciar diretamente nos próximos vencimentos. Algumas empresas buscam capital a qualquer custo e acabam por assumir taxas de juros ou montantes extremamente arriscados para a saúde do negócio, portanto, a busca por investimentos é válida, contanto que as taxas de juro sejam muito menores que as taxas de lucro.
Vise sempre evitar a entrada de capital de crédito a juros. Se há a possibilidade de permanecer sem novos investimentos, deve ser justamente isso que deve ser feito. Se a empresa visa um investimento em determinada data, busque por economizar o montante e viabilizar o investimento, recorrendo, em últimos casos, ao empréstimo a juros.
Conclusão
Agora que tudo está mais claro, separar a gestão financeira dos indicadores financeiros ficou mais simples, certo? Claramente uma depende da outra, porém, quando separadas é possível controlá-las e direcioná-las de forma que uma auxilie a outra.
É importante salientar também, que para colocar muitas destas dicas será necessário um sistema de gestão, que registrará os dados das operações executadas e fornecerá os dados para a gestão financeira ser bem executada.
E aí? O que achou? Conte pra nós os maiores desafios que você enfrenta ao realizar a gestão financeira da sua empresa! E se precisar de ajuda clique aqui e entre em contato com nossa equipe, será um prazer lhe ajudar!